aa Verão de 2009. Uma tarde ensolarada, ótima para atividades outdoor. Instalados em um deck à beira da praia com notebooks e acesso à web. Google era o endereço. Começávamos nosso processo de brainstorming criativo para o conceito do novo cardápio para o Kotobuki. “Se o restaurante resgata as tradições japonesas, devemos ter um elemento que de imediato traduza essa percepção” – iniciou o líder da dinâmica. Todos rapidamente buscam “tradições da cultura japonesa”. Links patrocinados à parte, um deles nos trouxe algo interessante. Uma lista de elementos presentes no nosso cotidiano. Um dos membros começou a ler: “cerejeira, banana caramelada, origamis, leque”. Opa! Por que não fazer um cardápio em forma de leque? Tínhamos à frente o desafio de desenvolver uma peça até então inédita. Que material seria utilizado? Lá fomos nós ao Saara comprar todos os leques possíveis naquelas lojas minúsculas, comandadas muitas vezes pelos proprietários coreanos que mal falam português. Entre o abrir e fechar de leques que se seguiu por alguns dias, ideias de como traduzir uma peça de engenharia milenar em um cardápio iam surgindo, até chegarmos à configuração final. Antes de apresentarmos o protótipo ao Kotobuki, testamos o conceito com algumas pessoas em busca de alguns ajustes finais. “Caramba!” Era a reação mais comum. “Que coisa diferente!” Vinha logo em seguida. Pronto, era o sinal que precisávamos para seguir em frente. E a história estava só começando.
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